Você só está conseguindo enxergar esse post graças a um longo processo que se inicia na córnea, atravessa todo o globo ocular e chega até o nervo óptico, o responsável por transmitir luzes e cores ao cérebro, que decodifica as informações e finalmente as transformam em imagens.
Mas, para cerca de 1 milhão de brasileiros que sofrem com o glaucoma, esse processo não funciona muito bem, pois o nervo óptico sofre com lesões que gradativamente prejudicam a visão, deixando o campo visual cada vez mais estreito, podendo chegar à cegueira total se não for tratado.
Na maioria dos casos, o glaucoma está relacionado com o aumento da pressão intraocular (PIO). O olho contém um líquido (humor aquoso) que circula continuamente no seu interior. Esse líquido é produzido e escoado através de uma região denominada ângulo da câmara anterior. No glaucoma há uma diminuição no escoamento desse líquido, o que faz com que ele se acumule dentro do olho, provocando o aumento da pressão intraocular.
A doença é considerado a maior causa de cegueira irreversível no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), e acomete mais de 67 milhões de pessoas em âmbito global. Segundo estimativas de centros de pesquisa internacionais e da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020, 80 milhões de pessoas terão glaucoma no mundo, e em 2040 esse grupo somará 111,5 milhões.
Os números chamam atenção para a importância da consulta anual com o oftalmologista, pois o glaucoma geralmente não apresenta sintomas na fase inicial, sendo diagnosticada por meio de exames específicos. Além disso, é fundamental ficar atento ao histórico familiar e ao avanço da idade, ambos também são considerados fatores de risco.
Apesar de não ter cura, com o diagnóstico precoce é possível controlar a evolução da doença e impedir a cegueira, garantindo mais saúde e qualidade de vida ao paciente.