EXPOSIÇÃO EXAGERADA AO SOL PODE CAUSAR PTERÍGIO

Por: Oftalmo Figueiredo | 19 de Março de 2020

A exposição direta e frequente ao sol sem proteção contra os raios ultravioletas é a principal causa de um problema que ainda confunde muitas pessoas: Pterígio, popularmente conhecido como “carne crescida” no olho.

A condição é caracterizado pelo crescimento anormal da conjuntiva (membrana que protege o globo ocular) sobre a superfície da córnea. O pequeno espessamento rosado, e algumas vezes elevado, usualmente se forma no cantinho do olho (perto do nariz).

O problema é considerado uma resposta do olho a um processo de irritação ocular crônica e afeta principalmente as pessoas que passam muito tempo ao ar livre, expostas ao vento e ao sol. De acordo com a Associação Paraense de Oftalmologia, há evidências de que a principal causa do seu crescimento é a exposição aos raios ultravioleta.

Algumas vezes, o pterígio pode não causar sintomas. Em outro casos, causam desconforto ocular, incluindo ardência, sensação de areia nos olhos, coceira e fotofobia. Apesar de não causar cegueira, lesões avançadas podem progredir e recobrir o eixo visual correspondente à pupila e interferir na visão.

O tratamento depende do tamanho do pterígio e dos sintomas. Nos casos de lesões avançadas, a cirurgia pode ser necessária. Quando a cirurgia é o tratamento de escolha, a técnica utilizada é a retirada do pterígio associada ao transplante da conjuntiva (enxerto da conjuntiva saudável), visando recobrir o local da lesão.

Para evitar o problema, proteja os olhos dos raios ultravioletas usando óculos de sol, inclusive nos dias nublados e dentro do carro. E lembre-se, ao perceber qualquer sintoma, procure o seu oftalmologista!